Elon Musk anunciou que a empresa Neuralink, da qual é cofundador, colocou o seu primeiro implante cerebral num ser humano.
"O primeiro humano recebeu um implante Neuralink, ontem [domingo], e está a recuperar bem", revelou esta segunda-feira o empreendedor multimilionário, na rede social X (antigo Twitter).
"Os primeiros resultados mostram atividade cerebral promissora", sublinhou Elon Musk.
"Telepathy" (Telepatia) é o nome do primeiro produto da Neuralink.
A empresa, sediada na Califórnia, EUA, tinha recebido autorização para realizar o implante, em maio do ano passado. A luz verde foi dada pela agência para os medicamentos e alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla inglesa).
O implante, do tamanho de uma moeda, já tinha sido colocado anteriormente no cérebro de um macaco, que conseguiu jogar o videojogo "Pong" sem comando ou teclado.
Fundada em 2016, a Neuralink não é a primeira empresa a instalar um implante cerebral, também chamado de interface cérebro-máquina (IMC), num ser humano.
Em setembro, a empresa Onward, dos Países Baixos, anunciou que estava a testar o acoplamento de um implante cerebral a outro que estimula a medula espinhal, com o objetivo de permitir que um paciente tetraplégico recuperasse a mobilidade.
Já em 2019, investigadores do instituto Grenoble Clinatec apresentaram um implante que permite, uma vez instalado, a uma pessoa tetraplégica movimentar um exoesqueleto.
A Neuralink levantou recentemente cerca de 323 milhões de dólares (298 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) de investidores em duas parcelas, em agosto e novembro.
Esta "startup" pretende também fazer com que pacientes paralisados voltem a andar, mas também restaurar a visão dos cegos e até curar doenças psiquiátricas, como a depressão.
Elon Musk pretende também oferecer o seu implante a todos, de forma a permitir uma melhor comunicação com os computadores e a conter, de acordo com o bilionário, o "risco que a civilização" enfrenta devido à Inteligência Artificial.