São Paulo reabre lojas e igrejas apesar dos altos números da pandemia
16-04-2021 - 21:30
 • Lusa

Uma ligeira redução no número de internamentos serviu de justificação para o desconfinamento.

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O executivo de São Paulo, o estado brasileiro mais atingido pela Covid-19, anunciou esta sexta-feira a reabertura, com limitações, de comércio e igrejas a partir de domingo, apesar do elevado número de infeções e mortes na região.

As autoridades paulistas justificaram a flexibilização das restrições, em vigor desde 6 de março, com base numa ligeira redução nos internamentos por Covid-19.

Da mesma forma, anteciparam que restaurantes, cabeleireiros e ginásios também poderão funcionar, igualmente com limites de capacidade e em horário restrito, a partir de 24 de abril, assim como museus e parques.

"Esta semana, que ainda não acabou, é a segunda semana consecutiva de queda da percentagem das internações (hospitalares). Baixamos 10%", disse o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, em conferência de imprensa.

O estado de São Paulo, o mais rico e mais populoso do país, com 46 milhões de habitantes, tem, até ao momento, mais de 2,7 milhões de casos positivos e 86.500 óbitos associados ao novo coronavírus.

Apenas esta sexta-feira, São Paulo somou 1.060 mortes e 18.067 novos casos de Covid-19.

A taxa de ocupação das unidades de terapia intensiva da região chegou a estar acima dos 90% e atualmente é de 85,3%, o que indica que a rede hospitalar ainda está fortemente pressionada pela alta incidência do SARS-CoV-2.

O Governo estadual manteve, no entanto, o recolher obrigatório noturno entre as 20h00 e as 5h00, e a obrigatoriedade do teletrabalho para atividades administrativas.

O Brasil vive atualmente a pior fase da pandemia, com uma média na última semana de cerca de 3.000 mortes por dia devido à Covid-19.

O país é o segundo país com maior número de óbitos (365.444), depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais infetados (13,7 milhões), depois da nação norte-americana e da Índia.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.987.891 mortos no mundo, resultantes de mais de 139 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.