O fotojornalista Eduardo Gageiro inaugura em janeiro em Lisboa a exposição "Amor é um fogo que arde sem se ver", com um novo olhar sobre o percurso do autor no fotojornalismo.
A exposição, que adota o mesmo nome do mais recente livro de fotografia de Eduardo Gageiro, é inaugurada a 5 de janeiro na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras, Lisboa.
A mostra retrata "em grande plano os momentos mais marcantes desta nova obra, constituindo uma verdadeira "volta ao mundo" por Portugal e outros 18 países", explicou Eduardo Gageiro em nota de imprensa.
Inspirado num dos mais conhecidos sonetos de Camões, tanto o livro como a exposição recuperam imagens captadas por Eduardo Gageiro ao longo das últimas décadas, testemunhando diferentes visões e manifestações sobre amor e amizade.
"Tal como o livro, a exposição é também pontuada por poemas de Luís de Camões, Sophia de Mello Breyner e Florbela Espanca", refere a nota de imprensa.
A exposição estará patente até meados de fevereiro e tem entrada gratuita.
Eduardo Gageiro, que completa 88 anos em fevereiro, é um dos mais premiados e conhecidos fotojornalistas portugueses.
Autodidata, iniciou atividade como fotojornalista em 1957 no Diário Ilustrado, tendo colaborado também com o Diário de Notícias e o Século Ilustrado.
Recebeu mais de 300 prémios de todo o mundo, incluindo o 2.º lugar na categoria Retratos do World Press Photo.
Condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique, Eduardo Gageiro é o autor de centenas de fotografias históricas da revolução de 25 de Abril de 1974, tendo fixado as imagens do encontro dos militares no Terreiro do Paço, o assalto à sede da PIDE, e o momento em que o capitão Salgueiro Maia percebeu que a revolução triunfara.