Gianni Infantino, presidente da FIFA, acredita que o Campeonato do Mundo de futebol poderá evitar que africanos "morram no mar" ao atravessar em busca de melhores condições de vida na Europa.
Numa reunião no Conselho da Europa, em Estrasburgo, o presidente da FIFA acredita que o Mundial de dois em dois anos ajudará os continentes menos desenvolvidos.
"Temos de encontrar formas de incluir todo o mundo. Para dar esperança a África, para que não tenham de atravessar o mar mediterrâneo para talvez encontrar uma vida melhor, mas provavelmente morrem no mar. Temos de dar dignidade e oportunidades, não através de caridade, mas sim permitindo que o resto do mundo participe", disse.
O dirigente, que tem defendido a realização de um Mundial de dois em dois anos, critica a UEFA por não concordar com a proposta.
"Vemos o futebol a desenvolver-se para uma direção onde alguns têm tudo e a maioria não tem nada. Na Europa, o Mundial é realizado duas vezes por semana porque os melhores jogadores do mundo jogam lá. Temos de incluir o mundo inteiro, especialmente África. Temos de dar aos africanos a esperança de que eles não têm de atravessar o Mediterrâneo para que possam ter uma vida melhor aqui. Temos de dar-lhes oportunidades e dignidade", atira.
A UEFA, confederação europeia de futebol, e a CONMEBOL, confederação sul-americana, estão preparadas para boicotar o Campeonato do Mundo de dois em dois anos, segundo já anunciaram há vários meses.
Em Portugal, também a Federação Portuguersa de Futebol, Liga, jogadores, treinadores e árbitros mostraram-se contra.