A Missão Permanente de Observação da Santa Sé junto das Nações Unidas apelou esta terça-feira para que todas as partes no Afeganistão reconheçam e defendam "o respeito pela dignidade humana e pelos direitos fundamentais de todas as pessoas", incluindo "o direito à vida, a liberdade de religião, o direito à liberdade de circulação e o direito de reunião pacífica".
Este apelo foi feito durante uma sessão especial, em Genebra, pelo encarregado de negócios da Missão Permanente da Santa Sé junto da ONU, monsenhor John Putzer, e na qual participaram também outras organizações internacionais.
Tratou-se da 31.ª Sessão Especial do Conselho de Direitos Humanos que debateu "as graves preocupações e a situação dos direitos humanos no Afeganistão".
A Igreja Católica acompanha com "grande atenção e profunda preocupação" a evolução da situação naquele país tomado pelos Talibãs no passado dia 15 de agosto.
"Neste momento crítico, é de vital importância apoiar o bom êxito e a segurança dos esforços humanitários no país, com um espírito de solidariedade internacional, para não perder os progressos alcançados, especialmente nas áreas da saúde e educação", sublinha Monsenhor Putzer.
Para a Santa Sé, o "diálogo inclusivo" representa o "instrumento mais poderoso" para alcançar o objetivo da paz.
A ocasião é aproveitada para um apelo a toda a comunidade internacional, no sentido de "passar das declarações à ação", acolhendo os refugiados "com espírito de fraternidade humana".
A missão de Observação Permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas recordou que o Papa pediu às pessoas presentes na Praça de São Pedro, no dia 15 de agosto, para rezarem com ele "ao Deus da paz, para que cesse o clamor das armas e se encontrem soluções na mesa do diálogo".
"Só assim a população maltratada daquele país pode voltar para as suas casas e viver em paz e segurança, em total respeito mútuo", reconheceu Francisco, no dia em que os Talibãs chegaram à capital do Afeganistão.