“Há uma mudança no PSD”. Marcelo pede oposição forte
03-07-2022 - 18:04
 • Maria João Costa

Chefe de Estado falou da mudança no maior partido da oposição durante visita ao Brasil.

Marcelo Rebelo de Sousa diz estar atento ao que está a acontecer em Portugal e não perdeu a oportunidade para felicitar Luís Montenegro, novo líder do PSD.

“Cumprimento o presidente eleito e do que vi, registo, um dado novo em relação ao presidente da República que é onde, no passado recente, havia cooperação institucional, agora há uma colaboração especial”, apontou o chefe de Estado no jardim da residência oficial do cônsul-geral de Portugal em São Paulo.

“Há uma mudança no Partido Social Democrata no sentido de maior aproximação ao Presidente da República”, diz Marcelo, que regista e fica “satisfeito com isso”. “Acho colaboração mais fecundo com qualquer partido, do que a mera cooperação institucional”, esclareceu.

Marcelo que tem já pedidos para encontros com o líder do CDS e com o sucessor de Rui Rio no PSD lembrou que “quanto mais forte for o governo, mais forte deve ser a oposição”. O presidente que considera que o “país está a precisar disso neste momento”, acrescenta que Portugal “precisa de colaboração em alguns domínios em que há dossiers que passam por acordo entre os diferentes partidos”.

É o caso do aeroporto, explica o Presidente que se mostra mais preocupado com a questão da regionalização. “Registo que o líder do PSD opõe-se ao processo da regionalização e ao referendo. Vou meditar sobre isso, porque isso poderá querer dizer que de facto se tem de apostar mais na descentralização”, apontou Marcelo.

“Uma vez que é muito difícil com o principal líder da oposição a opor-se à regionalização”, diz o Presidente, isso poderá pôr em causa “haver no futuro próximo a regionalização”. Marcelo Rebelo de Sousa chegou, entretanto, num banho de multidão à Bienal do Livro de São Paulo.

O Chefe de Estado, mostrou-se “maravilhado” com tantos livros, foi percorrendo os corredores e entrando em alguns dos stands de venda de livros. Além de tirar selfies, distribuir beijinhos, foi também experimentar a gastronomia portuguesa no espaço de culinária da Bienal e promete voltar à feira para estar com os escritores portugueses que representam Portugal, o país convidado.