O presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral), Florêncio Almeida, não está surpreendido com a investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação sobre a Uber.
Os jornalistas concluíram que a Uber usou em vários países, incluindo Portugal, a estratégia de aproveitar a violência de taxistas contra motoristas da Uber, como forma de promover a imagem da empresa e conseguir cedências por parte de governos.
Ainda segundo a investigação Uber Files, Yuri Fernandez, diretor de comunicação da Uber, terá sugerido que se investigasse o passado de Florêncio Almeida.
Em declarações à Renascença, o presidente da Antral, que representa o setor dos táxis, garante que nada disso o surpreende.
“Eu sei muito bem que fui investigado e que continuo a ser investigado. Interessava-lhes denegrir a minha imagem para desacreditar a nossa luta na altura, mas não o conseguiram fazer”, afirma Florêncio Almeida.
O presidente da Antral garante que nunca incentivou à violência contra os motoristas da Uber, apenas pediu que a sua situação em Portugal fosse regulamentada e não funcionasse à margem da lei.