O presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, acredita que a decisão da Câmara do Porto de deixar a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) ainda é reversível.
O socialista Eduardo Vítor Rodrigues diz que é preciso dar um voto de confiança aos quatro meses de liderança de Luísa Salgueiro à frente da ANMP.
Caso contrário, sublinha em declarações à Renascença, a decisão do Porto vai trazer consequências negativas.
“Há uma consequência que não é positiva e que enfraquece o movimento municipal do país. Agora, quero acreditar que o presidente Rui Moreira tem uma deliberação que decorre dos órgãos municipais, mas também quero acreditar que é preciso dar tempo à liderança da presidente Luísa Salgueiro, que nestes quatro meses fez mais pela descentralização do que a ANMP havia feito nos últimos quatro anos. Acredito até ao último momento que é possível reverter esta decisão”, afirma Eduardo Vítor Rodrigues.
A Assembleia Municipal do Porto aprovou, na última noite, a saída da autarquia da Associação Nacional de Municípios, revelando insatisfação pela forma como a associação liderada por Luísa Salgueiro está a negociar a transferência de competências com o Governo.
Os presidentes das Câmaras de Pinhel e da Trofa, ambos eleitos pelo PSD, admitem seguir o mesmo caminho da cidade do Porto.
Em Braga, o autarca Ricardo Rio dá um voto de confiança à ANMP, mas o líder da distrital social-democrata de Braga diz compreender a decisão da autarquia do Porto.
Os autarcas socialistas de Viana do Castelo e de S.João da Madeira criticam Rui Moreira e consideram que a decisão fragiliza a posição do Norte.