Fatura do consumo da água varia mais de 650 euros por ano entre concelhos
26-11-2024 - 07:00
 • João Malheiro

A DECO alerta que "o fosso de valores pagos pelos portugueses na fatura global da água está cada vez mais profundo".

O preço do consumo da água, saneamento e resíduos pode variar mais de 650 euros num consumo anual de 180 metros cúbicos. A diferenças pode ser até 400 euros num caso de consumo anual de 120 metros cúbicos.

A DECO PROteste, que apresenta os dados esta terça-feira, aponta que "o fosso de valores pagos pelos portugueses na fatura global da água está cada vez mais profundo".

"No continente apresenta-se uma diferença crescente entre o mais elevado e mais baixo relativamente a 2023: 6% nos consumos de 120m3 e 4% nos consumos de 180m3", refere a associação de defesa do consumidor, em comunicado.

Numa análise aos 308 municípios portugueses, a DECO comprova que, para um consumo anual de 120 metros cúbicos de água, uma família em Amarante paga uma fatura global de 494,47 euros, enquanto em Vila Nova de Foz Côa o custo dos três serviços é de apenas 94,09 euros – uma diferença de 400 euros.

Números mais díspares encontram-se nos consumos anuais por 180 metros cúbicos: O Fundão apresenta uma fatura de 776,74 euros e Foz Côa de 125,92 euros. Ligeiramente acima de 650 euros de diferença.

Amarante, Oliveira de Azeméis, Ovar, Albergaria-a-Velha e Baião são os cinco concelhos onde a fatura global de 120 metros cúbicos é mais elevada. Já nos consumos anuais de 180 metros cúbicos, destacam-se os concelhos de Fundão, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Amarante e Espinho.

A DECO PROteste antecipa, contudo, que, a partir de 2026, haja uma maior harmonização tarifária através da atuação da Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).