Os trabalhadores das indústrias de conservas de peixe cumprem esta segunda-feira um dia de greve, convocada pela Federação dos Trabalhadores da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT), para reivindicar aumentos salariais.
A coordenadora da FESAHT, Maria das Dores Gomes, afirmou à agência Lusa que a greve abrange cerca de 4.000 trabalhadores de conserveiras localizadas em Matosinhos, Figueira da Foz, Peniche e Olhão.
“O seu salário (a rondar o salário mínimo nacional) tem de ser revisto, porque os trabalhadores trabalharam mais durante a pandemia para fazer face ao aumento do consumo e as empresas aumentaram as vendas”, justificou.
A coordenadora da FESAHT explicou que, durante este ano, as indústrias conserveiras rejeitaram a proposta de aumentos salariais, exigindo em contrapartida aos trabalhadores que aceitem o trabalho por turnos no Contrato Coletivo de Trabalho, o que foi recusado já que a maioria dos trabalhadores são mulheres.
Em comunicado, a FESAHT alertou que os salários no setor são “muito baixos” e os horários “instáveis e desregulados, não assegurando a conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar dos trabalhadores”.
Por falta de contratação de mais trabalhadores, em algumas unidades, “os ritmos de trabalho são cada vez mais intensos e põem em causa a saúde dos trabalhadores e a qualidade do serviço”.