Se as transferências definitivas de Danilo, cedido ao Paris St-Germain, e Vitinha, em igual regime no Wolverhampton, se confirmarem no fim da época, por um total de 38 milhões de euros, o Porto tem luz verde para deixar de estar sob supervisão financeira da UEFA. O cenário otimista é desenhado pelo administrador da FC Porto SAD, Fernando Gomes.
“Para tudo correr com a margem de lucro que tínhamos no nosso orçamento, ainda precisamos de fazer qualquer coisa como 38 milhões de mais-valias até ao final da época, o que, praticamente, o Danilo e o Vitinha garantiriam; esses dois [negócios] realizando-se, ficaremos relativamente tranquilos até ao fim da época”, assume Fernando Gomes, convicto de que o fim dos apertos do "fair-play" financeiro está para breve.
Para ficar com Danilo, o PSG terá de pagar16 milhões de euros ao FC Porto, e o Wolverhampton, para ficar com Vitinha, terá de desembolsar 20 milhões.
“Se não houver nenhum sobressalto até ao final da época é assim que vai acontecer. O 1º semestre correu bem com um lucro líquido de 36 milhões de euros. Esperamos, na segunda parte do exercício, algumas transferências de jogadores que já estão previstas, mas não estão ainda inscritas como resultado positivo, como são os casos do Danilo e Vitinha. Se isso acontecer, vamos poder dizer fim às exigências do ‘fair-play’ financeiro”, assume o administrador da FC Porto SAD.
Reembolso de 35 milhões de obrigações será feito no dia 10 de maio, um mês antes do previsto
Fernando Gomes falava aos jornalistas esta segunda-feira, na sala VIP do Estádio do Dragão, numa conferência de imprensa em que esteve acompanhado da restante administração da Porto SAD. Pinto da Costa, Adelino Caldeira, Luís Gonçalves e Vitor Baía testemunharam o anúncio de que o reembolso do empréstimo obrigacionista de 35 milhões de euros - que no ano passado foi adiado para 9 de junho de 2021 devido os efeitos devastadores da Covid-19 - será feito já no próximo dia 10 de maio.
Contrariamente ao que era hábito – e porque a banca cortou no crédito ao futebol – a operação de reembolso aos obrigacionistas será suportada sem recurso a qualquer financiamento bancário de curto prazo. A FC Porto SAD, para manter as contas equilibradas e a capacidade financeira de que necessita, prepara uma nova emissão de obrigações a três anos, também no valor de 35 milhões de euros, cujo prospeto se encontra em fase de aprovação pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).