A líder do Governo birmanês quebrou o silêncio sobre a crise da minoria rohingya. Aung San Suu Kyi critica o que diz ser o "icebergue de desinformação" e assegura que "protegerá" os direitos de todas as pessoas do país.
As garantias foram dadas durante uma conversa telefónica com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e tornadas públicas nesta quarta-feira.
Também hoje, uma fonte das Nações Unidas referiu que pelo menos 146 mil pessoas da minoria muçulmana rohingya, não reconhecida pelas autoridades birmanesas, cruzaram a fronteira com o Bangladesh para fugirem à violência.
A onda de violência sectária no oeste da Birmânia, uma região declarada "zona de operações" pelo exército, já provocou a morte a mais de 400 pessoas.
O conflito começou no dia 25 de Agosto, quando um milhar de efectivos do Exército de Salvação do Estado Rohingya atacou 20 postos governamentais no estado de Rakhine, levando os militares a responder a esses ataques.
Aung San Suu Kyi, Nobel da Paz e líder do país, estava a ser acusada pelos países ocidentais e pela ONU de nada fazer para proteger esta comunidade.
O Papa já anunciou que vai a Myanmar em Novembro.