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Marcelo Rebelo de Sousa passou esta segunda-feira por Soure, um dos concelhos mais afetados pela tempestade “Leslie”, e, de tudo o que viu, destacou a necessidade de repor o abastecimento de energia às populações.
“Há outros prejuízos, mas, para a vida das pessoas, aquilo que é dramaticamente urgente é a normalização do fornecimento de eletricidade”, afirmou o Presidente da República aos jornalistas, ao início da tarde.
O chefe do Estado salientou que a ausência de luz na grande maioria do concelho "impede o funcionamento de tudo", desde o comércio a serviços públicos ou instituições de solidariedade social, passando pela vida quotidiana das famílias.
Marcelo Rebelo de Sousa esteve reunido com o presidente da Câmara de Soure, que após “diligências feitas ontem, durante todo o dia e à noite, tem uma fundada esperança de começar essa normalização” o mais cedo possível.
Durante a visita, o autarca Mário Jorge Nunes foi relatando a Marcelo Rebelo de Sousa os problemas vividos naquele concelho do distrito de Coimbra, afetado pelo mau tempo da noite de sábado.
Os maiores danos foram registados no terminal de Alfarelos, que ambos visitaram.
Ao final da manhã, a EDP contava cerca de 70 mil clientes sem abastecimento de energia elétrica, devido à passagem da tempestade “Leslie”, que derrubou centenas de antenas de alta e média tensão.
Em declarações à Renascença, Fernanda Bonifácio, diretora de comunicação da EDP, diz que ainda é “necessário recuperar troços” e que “não há previsibilidade de quando é que estas pessoas terão acesso a energia”.
Marcelo não comenta remodelação
Depois da passagem por Soure, o Presidente seguiu para o distrito de Viseu, onde visita concelhos afetados pelos incêndios de 15 de outubro de 2017.
Durante a visita, quando questionado pelos jornalistas sobre a remodelação do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que um Presidente da República não deve comentar uma remodelação, "nem antes, nem durante, nem depois".
Para Marcelo Rebelo de Sousa, "uma boa remodelação é, por definição, secreta", sendo que não deve ser comentada pelo chefe de Estado, seja no seu conteúdo, no momento escolhido ou nos efeitos ou consequências dessa remodelação.