As medidas que integram o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vão possibilitar "construir um país melhor", depois da crise provocada pela pandemia de covid-19, afirmou, esta quinta-feira, a ministra da Saúde.
"Este é um momento de oportunidades e desafios. Encaramo-lo como mais um passo para construir um país melhor, mas não será ainda um país perfeito. A ambição tem de ser temperada com os pés na terra da humildade", disse Marta Temido num seminário online sobre o PRR, dedicado ao tema "Serviço Nacional de Saúde (SNS) mais próximo e resiliente".
"O futuro é incerto, mas juntos seremos mais fortes para enfrentar essas incertezas, e os tempos mais recentes ensinaram-nos isso", acrescentou.
Marta Temido sublinhou que o PRR "não é o instrumento perfeito", mas "faz jus" ao mote da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia neste semestre, que é "tempo de agir".
Ministra de Estado quer depurar documento
Por seu turno, Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, que também participou no debate, que contou com vários responsáveis de diferentes setores da saúde, destacou que é necessário aproveitar o período dedicado à consulta pública do documento para melhorá-lo nos aspetos em que seja possível.
"O plano está em discussão pública e, até ao próximo dia 1 de março, todos podem colaborar connosco, mandando os seus comentários e sugestões. E é mesmo para que o possamos melhorar que decidimos realizar esta discussão pública e também organizar um conjunto de seminários", frisou.
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções, estando previsto um investimento de 1.383 milhões de euros (cerca de 10% do "bolo" global) em diversas vertentes para reforçar a capacidade do SNS.