O professor de Direito do Desporto, Lúcio Correia, aponta falhas ao papel fiscalizador do organismo presidido por Pedro Proença no caso-Desportivo das Aves.
Para Lúcio Correia, “a partir do momento em que o Aves é licenciado para participar na competição, todas as obrigações desportivas e financeiras têm de estar cumpridas para colocar em igualdade todos os participantes”.
O professor de Direito do Desporto estranha “as fiscalizações que nem sequer conseguiram detetar a possibilidade de uma SAD não ter condições para pagar o seguro de acidentes de trabalho. Muito mal está a SAD e quem deveria fiscalizar o cumprimento destes requisitos, porque esta situação está a minar a verdade desportiva de uma competição que fica descredibilizada”.
A SAD do Desportivo das Aves alega que não tem condições financeiras para cumprir os requisitos necessários para a presença da equipa nos dois últimos jogos do campeonato, em casa com o Benfica e no Algarve com o Portimonense.
Para Lúcio Correia, a SAD avense poderá ser suspensa das competições profissionais e nem reunir os requisitos necessários à II liga da próxima temporada. Tudo isto a juntar ao problema criado ao Aves-clube, que apenas tem 10% da SAD, e que “vai demorar muito tempo a recuperar a sua credibilidade”, e aos jogadores que “dificilmente vão receber os ordenados em atraso”.
Lúcio Correia deixa um apelo nestas declarações a Bola Branca: “A Liga, a Federação e o Governo vão ter de tomar medidas do ponto de vista regulamentar. O futebol já não estava bem antes da pandemia ao nível financeiro e agora este tipo de situação pode acontecer com outras SADs”.