O Presidente da Polónia disse esta quarta-feira de manhã que existe uma "elevada probabilidade" de o míssil que atingiu território polaco ontem à noite, matando duas pessoas, ter sido lançado a partir da Ucrânia.
Andrzej Duda refere um "incidente infeliz" envolvendo a defesa aérea ucraniana, dizendo que não há motivos para crer que se tratou de um ataque intencional ou que o rocket foi lançado a partir da Rússia.
A informação foi adiantada à hora em que os aliados da NATO estavam reunidos de emergência em Bruxelas para debater o novo pico de tensão no contexto da guerra na Ucrânia.
Se se confirmasse que o ataque tinha sido ordenado por Moscovo, a aliança atlântica poderia ativar os artigos 4 e 5 do tratado da NATO, que preveem o apoio de todos os Estados-membros da organização militar quando um deles está sob ameaça ou é alvo de ataques.
Esta manhã, duas fontes com conhecimento da análise oficial dos EUA ao incidente já tinham indicado que o míssil a atingir a Polónia ontem teria sido lançado a partir da Ucrânia e não da Rússia, apesar de o míssil ser de fabrico russo -- isto depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter destacado que era "improvável" que o ataque tivesse tido origem na Rússia.
O míssil em questão atingiu os arredores da zona rural polaca de Przewodow, a cerca de seis quilómetros a oeste da fronteira com a Ucrânia.
O ataque teve lugar à mesma hora em que a Rússia lançou a sua maior ofensiva com mísseis em mais de um mês contra uma série de cidades ucranianas, destruindo mais infraestruturas elétricas. Já esta amanhã, as sirenes de ataques aéreos voltaram a soar em toda a Ucrânia face à iminência de renovados bombardeamentos russos.
[atualizado às 11h43]