O secretário-geral da ONU está “consternado” com as mortes de civis em Gaza e “profundamente perturbado” pelo ataque de Israel contra um prédio que abrigava escritórios da imprensa internacional, revelou um porta-voz.
Na mesma nota, António Guterres lembra a todas as partes “que qualquer ataque indiscriminado contra estruturas civis e dos media viola o direito internacional e deve ser evitado a todo o custo”.
As declarações foram feitas depois dos ataques aéreos de Israel, este fim de semana, que provocaram a morte de 10 membros de uma mesma família e a destruição de um edifício de 13 andares, onde estavam os escritórios do canal Al-Jazeera e da agência de notícias americana Associated Press (AP), além de apartamentos residenciais.
O diretor da AP, Gary Pruitt, afirmou numa declaração que uma "terrível perda de vidas foi evitada através da evacuação dos seus trabalhadores a tempo".
O exército israelita alega que a torre Al Jalaa “continha equipamentos pertencentes à inteligência militar” do movimento Hamas.
A Casa Branca advertiu Israel de que garantir a segurança dos jornalistas é “primordial”.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já falou com o Primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, e pela primeira vez com o Presidente palestiniano Mahmoud Abbas, após a chegada à região, na sexta-feira, de um enviado dos EUA para tentar mediar um cessar-fogo.
Com os principais líderes mundiais a condenar os raides de Israel na Faixa de Gaza foi marcada para este domingo uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Os confrontos em Gaza entram no sétimo dia registando, pelo menos,153 mortos, das quais 42 crianças. Israel reporta dez óbitos.