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O primeiro-ministro, António Costa, explicou esta sexta-feira que serão equacionadas "medidas progressivas" de contenção da pandemia de covid-19 no cenário de um índice de transmissibilidade (Rt) acima de 1 no país, sendo que o valor do continente é de 0,94.
"Se passarmos o 1, como sempre dissemos, as medidas serão progressivas. Uma coisa é chegarmos a 1,01, outra coisa é termos 1,5 ou 1,2. Temos de graduar devidamente as medidas, agora o esforço que temos de fazer é mantermo-nos no quadrante verde, é esse o esforço que é necessário fazer. Desde que nós façamos esse esforço, nós conseguimos resultados", afirmou o chefe de governo na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros.
Na sequência da reunião que aprovou as medidas para a segunda fase do plano de desconfinamento, a partir de 5 de abril, António Costa admitiu que esta variável de transmissibilidade do vírus SARS-CoV-2 "tem vindo a acelerar", contrariamente à incidência acumulada de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias, mas lembrou que tal é também uma consequência da redução de casos.
"Há um efeito puramente matemático em que quanto mais o número de casos vai diminuindo, o ritmo de transmissão vai naturalmente ficando maior. Por isso é que os dois critérios têm de ser sempre lidos em conjunto", explicou António Costa, enfatizando ainda que o país tem "vindo a diminuir muito significativamente o número de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias, o número de internados, de internados em cuidados intensivos e, felizmente também, de óbitos".
Ainda sobre a evolução do Rt, o governante reconheceu: "Estamos a dirigir-nos para a zona amarela" da matriz de avaliação criada para controlar a situação epidemiológica de Portugal. Apesar de admitir que este critério requer "atenção", referiu que para já não comprometa o avanço da segunda fase do plano de desconfinamento.
António Costa não deixou, porém, de sublinhar a "evolução positiva entre 9 e 31 de março" do indicador da incidência acumulada por 100 mil habitantes a 14 dias, ao reduzir de 118 para 62,4 novos casos no continente.
Em Portugal, morreram 16.859 pessoas dos 822.314 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.