"Nós queremos aumentar o salário mínimo nacional e aumentar os outros salários também, porque aquilo que o PS fez foi pôr Portugal na cauda da Europa no que concerne aos salários dos portugueses. É uma vergonha, ao fim de tantos anos de governação predominantemente do PS, Portugal ser dos países que tem dos salários mais baixos da Europa", declarou Rui Rio, num palco junto ao arco da Rua Augusta, em Lisboa.
No discurso de encerramento da campanha para as eleições legislativas de Lisboa, o presidente do PSD acrescentou: "É isso que nós queremos alterar, é isso que nós queremos mudar, com um modelo de economia diferente, que garanta que temos mais riqueza para distribuir e que pagamos melhores salários".
Rui Rio voltou a queixar-se de que o PS passou a campanha "a atacar os outros e a difamar os outros" procurando convencer os eleitores de que PSD é contra o aumento do salário mínimo nacional, quer pôr as pessoas a pagar pelos serviços de saúde e privatizar a Segurança Social, "para incutir o medo nas pessoas e para fazer prevalecer a mentira".
"Merecem perder", repetiu.
Sobre a Segurança Social, o presidente do PSD afirmou: "Fui eu o primeiro a dizer nesta campanha eleitoral que é inadmissível que as pensões de reforma das pessoas estejam na bolsa, porque as pensões de reforma das pessoas são sagradas, não é para pôr na bolsa, nem para cortar, nem para fazer política com uma coisa séria".
Rui Rio reclamou ter feito "uma campanha pela positiva" e realçou as sessões temáticas realizadas diariamente ao longo destas duas semanas: "Dissemos o que queríamos para a economia, para a saúde, para o ambiente, para a agricultura, para a justiça, para o regime".
"Mas não é assim que o PS acha que se deve fazer uma campanha eleitoral", considerou. Da assistência, ouviu-se então o lema "o povo não esquece que a culpa é do PS", que Rio também entoou, rindo-se.
Em matéria de saúde, o presidente do PSD contrapôs que "foi o PS que degradou o Serviço Nacional de Saúde [SNS], com o aumento das listas de espera, com a degradação das urgências, ou com a falta de médicos de família -- apesar de terem prometido um médico de família para todos os portugueses".
Ainda sobre o salário mínimo nacional, interrogou: "Mas haverá algum partido social-democrata em alguma parte do mundo que não entenda que o salário mínimo nacional deve subir? Não vejo nenhum partido social-democrata que possa dizer coisa diferente. Por isso o PS mente, e sabe que mente".