Está a aumentar o número de crianças desaparecidas em Portugal, adianta à Renascença a presidente da Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas.
Nesta quarta-feira, que é Dia Internacional da Criança Desaparecida, Patrícia Cipriano revela que, “até aos 14 anos, temos 178 menores desaparecidos em 2022. Em 2021, tivemos 129. Entre os 14 e os 17 anos, 924 em 2022, 847 em 2021. E, ao nível do tráfico com vítimas menores, temos 15 inquéritos iniciados em 2022, oito em 2021”.
De acordo com esta jurista, a fuga à institucionalização é um dos fatores que explica a maioria dos casos de desaparecimento de menores, em particular de crianças migrantes, “sendo certo que há aqui um deficit nas estatísticas” que, segundo esta responsável, “estarão subdimensionadas, é essa a ideia que temos”.
Por outro lado, prossegue Patrícia Cipriano, “estamos a falar de crime organizado, de tráfico de menores; estamos a falar de menores que vêm separadamente da sua família e depois procuram reagrupamento até noutros países, porque muitos deles chegam à Europa via Portugal, mas depois são levados até aos seus familiares noutros pontos da Europa; estamos a falar, até, de situações de venda de crianças”.