Paulo Rangel, vice-presidente e eurodeputado do PSD, critica esta sexta-feira António Costa pela forma como está a gerir a demissão da ministra da Saúde, Marta Temido.
Depois de o primeiro-ministro ter dito que só vai nomear o próximo (ou próxima) ministro da tutela dentro de duas semanas, o eurodeputado considera que o país e o sucessor de Temido estão “em lista de espera”.
“Esta senhora pede a demissão, o primeiro-ministro aceita a demissão e o que é que faz ao Ministério da Saúde? Põe-no em lista de espera. As listas de espera do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passaram para o Governo. O próprio Governo tem um ministro da Saúde em lista de espera”, atira Paulo Rangel.
Medina e Sérgio Figueiredo
Na universidade de verão do PSD, a mira não foi apontada apenas aos problemas no Ministério da Saúde, mas também à pasta das Finanças e à polémica em torno da contratação do ex-jornalista Sérgio Figueiredo, com Paulo Rangel a considerar que Fernando Medina “inventou” um cargo.
O recém-eleito vice-presidente do PSD acredita que o nome de Sérgio Figueiredo para consultor do Ministério das Finanças foi barrado pela opinião pública, e, ao dispensar encontrar uma pessoa alternativa, Medina criou um “ambiente de degradação” no Governo.
“Isto era grave se fosse um presidente de Câmara. Era muito grave se fosse um ministro. Mas sendo o ministro das Finanças é gravíssimo”, disparou Paulo Rangel, justificando que a pasta implica uma relação direta com a administração pública.
O eurodeputado teceu ainda críticas à atuação de António Costa no caso do despacho contra a Endesa.