O número de vítimas mortais da debandada em Seul, durante a festa do Halloween, no final de outubro, subiu para 158. Uma mulher com cerca de 20 anos é a mais recente vítima mortal, revelou o Comando de Desastres e Contramedidas de Emergência.
Na semana passada, tinha sido divulgada a morte de um soldado, também na casa dos 20 anos.
A maioria das vítimas mortais são mulheres (102) e pessoas com idades entre os 20 e 30 anos (105).
Ao todo, morreram 26 estrangeiros, de países como a Rússia, Irão, China, Estados Unidos, Japão, Noruega, Sri Lanka, Áustria, Vietname, Uzbequistão, Cazaquistão e França, sendo que 24 deles já foram enviados para o país de origem.
A debandada ocorreu quando uma multidão se juntou na noite de 29 de outubro para celebrar a primeira festa do Halloween desde a pandemia que decorreu no cosmopolita distrito de Itaewon, em Seul.
Cerca de 100 mil pessoas eram esperadas, mas devido à natureza não oficial do evento, nem a polícia nem as autoridades locais controlaram ativamente a multidão. Mais tarde, a polícia reconheceu que enviou apenas 137 agentes para Itaewon na noite fatídica, enfatizando que esse número foi maior do que o das festas de Halloween em anos anteriores.
Enquanto isso, 6.500 agentes da polícia foram mobilizados para outra festa na capital sul-coreana, em que participaram apenas 25 mil pessoas, segundo a imprensa local, num país em que as numerosas e frequentes manifestações são muitas vezes enquadradas por um número de agentes superior ao dos participantes.
O autarca de Seul, Oh Se-hoon, emitiu um pedido público de desculpas, dizendo em lágrimas que se sentia "infinitamente responsável por este acidente".
Já o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, disse que a Coreia do Sul precisa de melhorar urgentemente o sistema de gestão de multidões.