Os eleitores do estado norte-americano do Kansas votaram, em referendo, a favor da manutenção do direito ao aborto.
Em cima da mesa estava uma proposta de emenda da Constituição estadual que abria a porta à eliminação do direito à interrupção voluntária da gravidez.
Este foi o primeiro referendo nos Estados Unidos depois de o Supremo Tribunal decidir revogar a decisão Roe vs. Wade, de 1973, e acabar com a garantia constitucional ao aborto.
Os resultados finais só deverão ser conhecidos dentro de uma semana, mas as projeções indicam que mais de 60% dos eleitores do Kansas terão votado contra a emenda.
A proposta de alteração à Constituição do Kansas pretendia remover as referências à garantia de direitos reprodutivos e pedia aos eleitores que colocassem a questão do aborto nas mãos do Senado estadual, controlado pelo Partido Republicano.
Atualmente, o aborto no Kansas é legal até às 22 semanas de gravidez.
O Presidente norte-americano congratulou-se pelo resultado do referendo no estado do Kansas.
“Os eleitores no Kansas manifestaram-se em números recordes para rejeitar os esforços extremos de emendar a Constituição estadual para tirar o direito da mulher de escolher e abrir a porta para uma proibição em todo o estado”, declarou Joe Biden, em comunicado.
Segundo Joe Biden, esta votação deixa claro que “a maioria dos americanos concorda que as mulheres devem ter acesso ao aborto e devem ter o direito de tomar suas próprias decisões de saúde”.