O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, diz que a subida dos preços da energia "está em causa a sobrevivência das instituições", reclamando, por isso, "apoio imediato” do Estado.
Em declarações à Renascença, Manuel Lemos fala de "efeitos devastadores" decorrentes do aumento de preço do gás e dos combustíveis e exige uma intervenção imediata do Governo.
“Precisamos de um apoio imediato. Não é para ser compensado em maio ou junho ou julho, não. É já, para a semana ou dentro de 15 dias, porque o que está em causa é a sobrevivência das instituições e a qualidade da prestação do cuidado”, reforça .
Manuel Lemos diz que não está a negociar preços, mas “a negociar a sobrevivência porque o preço que recebemos pelo trabalho que estamos a realizar é manifestamente abaixo daquilo que é obrigação do Estado”.
O presidente da UMP dá o exemplo da Misericórdia de Montalegre, onde os gastos com a energia duplicaram nas últimas semanas.
"Estamos a trabalhar com uma margem negativa evidente e qualquer mexida como aquela a que estamos a assistir no custo dos bens consumíveis são devastadores."
"No caso concreto dos combustíveis, eles são fundamentais para podermos prestar apoio domiciliário ou fazer o transporte das pessoas de casa para os centros de dia”, reforça.
Manuel Lemos defende que "o Estado tem que ter com o sector social a mesma abordagem que tem com o SNS”.
"Se nós vemos um Estado a gastar dinheiro com esse sector ,também tem que ajudar com a proteção social."