O presidente do PSD e recandidato ao cargo, Rui Rio, salientou esta terça-feira que as próximas eleições diretas vão escolher o candidato do partido a primeiro-ministro.
“Sou candidato a presidente do PSD nas eleições diretas que vão escolher o candidato do partido a primeiro-ministro de Portugal”, refere, numa curta publicação na sua conta oficial na rede social Twitter.
A publicação acontece horas depois de a sua recandidatura ter sido anunciada através de um comunicado assinado pelo vice-presidente e agora diretor de campanha Salvador Malheiro, que Rio partilha também no Twitter.
No comunicado, justifica-se a recandidatura de Rio “atendendo aos recentes resultados das últimas eleições autárquicas” e “à incompreensível instabilidade e divisões internas, entretanto geradas no PSD”.
“Rui Rio não é homem para desistir de lutar pelo PSD e, acima de tudo, por Portugal”, salienta o texto, onde se adianta que o presidente do PSD “fará brevemente a apresentação pública formal da sua recandidatura”, sem avançar ainda uma data e local.
Rio mantinha desde a noite eleitoral autárquica, há mais de três semanas, o silêncio sobre uma eventual recandidatura, apesar de, logo na madrugada de 27 de setembro, ter considerado que o partido teve “um excelente resultado”, que o colocava em “melhores condições de vencer as eleições” legislativas de 2023.
As eleições diretas para escolher o presidente do PSD estão marcadas para 4 de dezembro e o Congresso vai decorrer entre 14 e 16 de janeiro, em Lisboa, e, com o anúncio desta terça-feira, já estão assumidos dois candidatos: Rui Rio e o eurodeputado Paulo Rangel, que apresentou na sexta-feira formalmente a sua candidatura.
Também esta terça-feira, depois do anúncio de Rio, o antigo vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva afastou uma candidatura à liderança do partido e prometeu que, “em devido tempo”, dirá qual considera “o melhor projeto” para a presidência dos sociais-democratas.
Numa publicação na rede social Facebook, Moreira da Silva esclarece que aguardou pela definição do atual presidente do PSD, Rui Rio.
“Confirmada que está tal recandidatura, entendo não dever eu próprio protagonizar uma candidatura própria, pois o superior interesse do país e do PSD aponta para que os militantes possam fazer a sua opção livre entre as duas vias distintas que são apresentadas e que se encontravam em preparação no terreno há longos meses”, justificou.