Nuno Melo é o novo presidente do CDS, partido agora atirado para fora do Parlamento, mas isso não o impede de ter algumas propostas para os problemas do país.
O eurodeputado centrista foca-se nas questões que afetam o poder de compra das famílias e a tesouraria das empresas. Com problemas que vão além fronteiras mas que afetam Portugal, o que preocupa Nuno Melo e o que propõe a nova direção do CDS?
Baixar o preço dos combustíveis
Com o preço da energia a subir, Nuno Melo tem uma ideia para amortecer o efeito que isso terá para os contribuintes e para as empresas. O eurodeputado desafia António Costa a um malabarismo com os impostos que são aplicados sobre os combustíveis.
“A solução basicamente é fácil, se realmente ele a quiser implementar. O Governo só tem de reduzir ao máximo o ISP (para compensar o que não baixa no IVA). Quando vier a autorização de Bruxelas, compensa as coisas e tem os combustíveis a preços decentes, algo que não acontece”, salienta Nuno Melo.
Reverter a extinção do SEF
O novo presidente do CDS não tem medo de classificar o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras como “extraordinário”, mesmo depois da morte do cidadão ucraniano às mãos daquele organismo.
Nuno Melo defende aliás que esse foi um caso isolado na história do SEF e que não se deve “tomar a parte como o todo”.
O novo líder dos centristas acredita que a extinção do serviço, iniciada no ano passado, é “injusta” e pede diretamente a António Costa que a “reverta”.
Crianças na Ucrânia
Nuno Melo dedicou uma boa parte do discurso à guerra na Ucrânia. Olhando para os mais novos, o presidente do CDS sulinha o êxodo forçado das crianças ucranianas e o desconforto que isso implica.
Para tentar amenizar o estrago causado pela necessidade de fugir da guerra, Nuno Melo propõe que os professores que fogem da Ucrânia sejam integrados como professores das crianças que também fogem do país.
Dessa forma, defende o novo líder centrista, as crianças podem ter uma certa normalidade e continuar a aprender “em ucraniano”.
Inflação no setor alimentar
O aumento de preços generalizados afeta também o setor alimentar. Uma das “primeiras iniciativas” de Nuno Melo é a convocação de uma conferência com “alguns dos grandes talentos que conseguimos recurtar para o CDS “para pensar no tema da inflação no setor agro-alimentar".
O novo presidente do CDS insiste que “há inflação” e alerta para as consequências de o problema não ser travado. “Isso tem consequências sobre as taxas de juro, e através das taxas de juro, sobre as dívidas das famílias, das empresas e do próprio Estado. E quando chegarmos ao momento em que não conseguimos pagar as dívidas, o Estado fecha porque não temos impostos”, adverte Nuno Melo.