Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), explica que a organização tem estado “em contacto com os árbitros que sofreram agressões” no último fim de semana e explica as exigências que, se não foram acedidas, podem levar à greve.
“Exigimos o policiamento obrigatório nos jogos das equipas que estiveram envolvidas em atos violência, que sejam aplicadas as penas máximas aos agressores e vamos ter reuniões com o Ministério da Administração Interna para que os elementos da força policial cumpram a lei, porque não o estão a fazer”, diz, em Bola Branca.
O presidente da APAF revela que “nas sete agressões, em quatro existia policiamento e apenas num dos jogos o agressor foi detido”. Luciano Gonçalves lembra que “a lei é clara e o agressor tem de ser detido”, pelo que “as forças policias não estão a cumprir a lei”.
O Núcleo de Árbitros de Lisboa já ameaçou pedir dispensa aos jogos, a partir do fim de semana de 14 e 15 de janeiro, caso não sejam atendidas estas exigências. O presidente da APAF concorda.
“Estamos aqui para representar os árbitros e é isso que vamos fazer. Estaremos sempre ao lado dos núcleos e dos árbitros que tomem estas medidas, que tenham como fim a melhoria das condições”, sublinha, em declarações à Renascença.
Só em Lisboa, no último fim de semana, ocorreram dois casos de violência, uma num jogo de formação por um elemento oficial e outro num encontro de seniores, por um jogador.