Theresa May encerrou a semana a dizer que, se o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia – e novamente a votos daqui a 48 horas – for chumbado uma vez mais, o Reino Unido pode “nunca sair da União Europeia”.
“Podemos não sair da Europa durante muitos meses, podemos sair sem as proteções que o acordo nos garante, podemos até nunca sair... a única certeza é a atual incerteza”, disse a primeira-ministra britânica avaliando o leque de todas as possibilidades sobre o futuro do “Brexit.
Nas hipóteses não parece de todo estar o reconhecimento de Londres da eventual falta de preparação do Governo britânico para consumar o divórcio a 29 de março, recuando assim no pedido de saída no âmbito do artigo 50º do Tratado de Lisboa.
Mas a semana que agora se inicia vai ser mesmo intensa: na terça-feira, Theresa May coloca a votação em Westminster o Plano B do acordo de saída, depois do chumbo do Plano A a 15 de janeiro. Na quarta-feira, o parlamento vota se o Reino Unido sai sem acordo a 29 de março. Na quinta-feira terá lugar uma terceira votação para decidir o adiamento (sem prazo fixado) da data de saída.
A confusão de um, ou vários, pontos de confluência dos resultados das votações abre um imenso deserto de imprecisões jurídicas com implicações também fora do Reino Unido, por exemplo, na participação dos eleitores nas eleições para o Parlamento Europeu a 28 de maio (73 britânicos em 751 deputados).
A semana decisiva do Brexit em Westminster é um dos temas para o Conversas Cruzadas deste domingo, onde se olhará igualmente para o impacto que a resolução do BES e a venda do Novo Banco para os contribuintes.
Ainda em destaque o efeito das alterações climáticas na indústria do vinho depois do Prémio Nobel Albert Gore ter participado na Climate Change Summit.
Adrian Bridge, líder do grupo The Fladgate Partnership, motor do Porto Protocol e anfitrião do ex-vice de Clinton, irá explicar como a iniciativa privada pode fazer a diferença nas questões ambientais que assolam o planeta.