As rendas de casa registaram, em junho deste ano, o maior aumento homólogo desde o final de 2014, mantendo uma trajetória ininterrupta de subidas desde há várias décadas.
E, de acordo com o jornal Público, os dados disponíveis até ao momento deixam antever que o coeficiente que determinará a atualização automática das rendas no próximo ano volte a ser historicamente elevado.
Perante este cenário, o Executivo - diz a publicação - não exclui a hipótese de voltar a impor um limite a esta atualização no próximo ano.
Segundo os dados divulgados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em junho deste ano, o índice de preços no consumidor registou um aumento de 3,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, uma taxa de variação que fica 0,6 pontos percentuais abaixo daquela que tinha sido observada em maio.
Mas apesar do abrandamento da taxa de inflação, verifica-se uma aceleração notória das subidas de preços das rendas de habitações. Um crescimento que em junho foi de 4,64%, o mais acentuado desde novembro de 2014, altura em que as rendas também estavam a aumentar acima dos 4%, durante vários meses consecutivos.