O dono do Twitter, Elon Musk, discutiu com um ex-funcionário da rede social com distrofia muscular após o ter despedido sem pré-aviso no passado fim de semana.
Haraldur Thorleifsson, diretor sénior de design, identificou o multimilionário numa publicação em que questionava Musk se tinha sido mesmo dispensado pelo Twitter, depois deste domingo a empresa ter anunciado a saída de mais 200 trabalhadores. Em resposta, o também dono da Tesla questionou que trabalho o islandês fazia na empresa.
"Caro Elon Musk, há nove dias o acesso ao meu computador profissional foi cortado, tal como a cerca de 200 funcionários do Twitter. No entanto, a sua direção de recursos humanos não conseguiu confirmar se sou um funcionário ou não. Não me respondeu aos meus emails. Se suficientes pessoas partilharem, responde-me?", escreveu na rede social.
Após a resposta de Musk, a conversa escalou e, depois de uma série de perguntas e respostas, Thorleifsson recebeu um e-mail a confirmar o despedimento.
Em resposta a outro utilizador da rede social, o dono do Twitter alegou que o islandês "não fez nenhum trabalho" e que a razão pela qual o confrontou em público "foi para conseguir uma grande indemnização". Musk ainda publicou um comentário de que o colaborador seria péssimo, que depois apagou. Horas mais tarde voltou a recorrer ao Twitter para se desculpar e oferecer o emprego de volta a Thorleifsson.
Contactado pela "BBC", Thorleifsson disse que tinha uma teoria que o sucedido era o resultado de um engano e que agora estariam a tentar transformar num despedimento por justa causa para não terem de cumprir as obrigações contratuais.
Thorleifsson, foi escolhido como Personalidade do Ano na Islândia, no ano passado. Com distrofia muscular, faz campanha por melhores acessos para os deficientes motores, mas é também célebre por ter vendido a sua empresa "Ueno" ao Twitter, em 2021, e ter acordado o pagamento em prestações mensais, de forma a pagar mais impostos e assegurar uma maior contribuição para o sistema social.