Os portugueses “têm direito a um apuramento daquilo que se passou" na Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a saber "se implica ou não responsabilidades", defendeu esta sexta-feira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
À saída da apresentação de um livro no Palácio Foz, em Lisboa, questionado sobre a constituição de uma nova comissão parlamentar de inquérito sobre o banco público, na sequência de uma auditoria à gestão da CGD entre 2000 e 2015, Marcelo Rebelo de Sousa começou por responder que não comenta "as comissões de inquérito do parlamento" e que desconhece essa auditoria.
"Não chegou ainda às minhas mãos", disse.
Em seguida, no entanto, defendeu que "os portugueses têm direito a um apuramento daquilo que se passou, se implica ou não responsabilidades, e responsabilidades como, quando, de quem".
"Isto é um princípio geral que me parece muito importante em democracia. Neste caso, como noutros casos em que estejam envolvidos fundos públicos, faz todo o sentido que se apure o que se passou, como se passou e se há responsáveis, e se responsabilize quem deve ser", acrescentou.