O primeiro-ministro do Canadá defende a instalação de câmaras de vídeo nas fardas dos elementos das forças de segurança para evitar erros da polícia e discriminação racial, na sequência da contestação global pela morte do afro-americano George Floyd.
“Concordámos que temos de ir em frente com as câmaras para os agentes da Polícia Montada do Canadá Real [RCMP, na sigla inglesa]”, disse Justin Trudeau, citado pela agência France-Presse, depois de uma reunião com a comissária da RCMP, Brenca Lucki.
O chefe do Governo canadiano acrescentou que pretende levantar a questão junto das autoridades responsáveis pelas polícias provinciais e municipais, durante esta semana.
“Temos de trabalhar juntos”, prosseguiu Trudeau, sublinhando que os equipamentos de vídeo “são um elemento de transparência” e que seriam “muito importantes para as forças policiais” do Canadá.
Na sequência das manifestações que decorreram por todo o mundo, incluindo no Canadá, para contestar a morte do cidadão afro-americano George Floyd, em Minneapolis, no Estado norte-americano do Minnesota, Trudeau prometeu medidas “ousadas, concreta e rápidas” para responder às exigências dos manifestantes canadianos.
Funeral de George Floyd
Realiza-se esta terça-feira o funeral em Houston, no Texas, onde reside a família do afro-americano morto em Minneapolis.
Floyd cresceu numa zona de Houston chamada Third Ward e era um conhecido jogador de futebol americano no secundário além de ter colaborado como 'rapper' com o famoso músico local DJ Screw. Mudou-se para Minneapolis há vários anos para procurar trabalho.
George Floyd, de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de a vítima dizer que não conseguia respirar.
O drama, cujas imagens captadas por uma transeunte se tornaram virais, suscitou uma vaga de manifestações no mundo inteiro.
Os quatro polícias envolvidos no assassínio foram despedidos. Chauvin está acusado de homicídio em segundo grau, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão. Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.