Revendedores de combustíveis indignados com novos preços do gás de garrafa
04-10-2022 - 14:34
 • Carla Fino

A ANAREC justifica a apreensão com a situação dos revendedores de gás em garrafa que “vêm a sua margem completamente anulada”, comprometendo a sua viabilidade económica.

A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) reage com surpresa e indignação aos novos preços máximos do gás de garrafa, anunciados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

“Contra todas as expetativas e tendências reais do mercado, a ERSE baixou os preços máximos do GPL em garrafa, quer no butano, quer no propano, em todas as tipologias”, refere um comunicado, enviado à Renascença.

A ANAREC refere que os novos preços máximos de venda ao público, vão anular a margem aos revendedores de gás, o que vai colocar em causa o nível do serviço prestado diariamente aos portugueses.

“Com os novos preços máximos de venda ao público, os revendedores de gás em garrafa vêm a sua margem completamente anulada, o que terá efeitos nefastos na rentabilidade das suas empresas e na solvabilidade dos seus negócios, e pode colocar em causa o nível do serviço prestado diariamente a milhares de portugueses”, pode ler-se.

Cresce o descontentamento, com os retalhistas a manifestarem junto desta associação a vontade de avançar com medidas de protesto.

“Os revendedores de gás em garrafa, que já estavam profundamente descontentes com esta medida de fixação dos preços, ainda mais indignados ficaram com a descida de preços publicada hoje. Os retalhistas já transmitiram à ANAREC que equacionam avançar com medidas de protesto contra esta medida”, refere a mesma nota.

A associação que representa dos revendedores de combustíveis, vai agora pedir uma reunião de urgência ao Secretário de Estado da Energia, bem como à entidade Reguladora da Energia e à Autoridade da Concorrência para apelar ao fim desta medida, que está a prejudicar o sector a nível nacional.