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Um choque térmico e outro químico estão entre as medidas preventivas já tomadas no hospital de Lisboa onde apareceu o mais recente foco de legionella. A Direcção-Geral da Saúde diz estar a acompanhar o caso.
“Agimos pelo sentido da precaução, como se tivéssemos a certeza de que a origem está no hospital”, afirma a directora-geral na Manhã da Renascença. “Foram tomadas todas as medidas preventivas para interromper a cadeia de transmissão”, garante Graça Freitas.
“Além de recolhidas águas para análise e produtos biológicos dos doentes também para análises, foram feitas as intervenções necessárias, nomeadamente um choque térmico – portanto, uma temperatura elevada da água na rede para eliminar a bactéria – um choque químico – ou seja, reforçar a quantidade de químicos desinfectantes que essa água tem – e foram, por medida de precaução, suspensos os banhos de chuveiro”, indica.
As análises já foram enviadas e “estão em curso no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge”, pelo que resta “esperar pelos resultados”. Para já, suspeita-se que a fonte de infecção esteja dentro do hospital.
Graça Freitas destaca ainda que, quando está em causa uma situação de saúde pública, a intervenção é igual num hospital público ou privado.
Tal como o director clínico adjunto da unidade de saúde, a diretora-geral da Saúde admite que possam surgir mais casos de infecção, dado que o período de incubação da legionella é, normalmente, de dez dias.
Para já, há quatro mulheres infectadas – duas funcionárias do hospital e duas utentes que já ali tinham estado internadas. Têm entre 47 e 67 anos de idade.
Tendo em conta o período de incubação, o hospital recomenda a todas as pessoas que estiveram internadas e que apresentem sintomas da doença que se apresentem para uma avaliação.
A legionella transmite-se por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água (aerossóis) contaminadas com bactérias. Não se transmite de pessoa a pessoa, nem pela ingestão de água contaminada. O agente da infecção encontra-se preferencialmente na água quente sanitária, nos sistemas de ar condicionado, nos aparelhos de aerossóis ou nas fontes e aspersores.
Os sintomas são tosse, dificuldades respiratórias e febre.