O Ministério dos Negócios Estrangeiros desaconselha todas e quaisquer viagens para a Etiópia face à degradação progressiva das condições de segurança no país com a intensificação dos combates entre as forças do Governo e os rebeldes Tigray.
A guerra entre os rebeldes da região etíope do Tigray e o executivo central da Etiópia começou há um ano, em 4 de novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope ordenou uma ofensiva contra a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF) como retaliação por um ataque a uma base militar federal e na sequência de uma escalada de tensões políticas.
Os rebeldes de Tigray anunciaram, no início desta semana, que tinham tomado o controlo das cidades de Dessie e Kombolcha na região de Amhara, a apenas 400 quilómetros da capital da Etiópia, Adis Abeba, ao que governo etíope respondeu com a declaração de estado de emergência em todo o país, numa fase inicial por seis meses.
Este último avanço da TPLF coloca-a no mesmo território onde operam os rebeldes do Exército de Libertação Oromo (OLA), com os quais anunciaram uma aliança no final de agosto.
No sábado, os Estados Unidos ordenaram a retirada da equipa não essencial da sua embaixada na Etiópia, após a intensificação dos combates e nos últimos dias, vários países (Arábia Saudita, Noruega, Suécia, Dinamarca) pediram aos seus nacionais que deixassem o país, face à escalada da guerra.
A Embaixada de Portugal em Adis Abeba acompanha a presença de 26 cidadãos portugueses na Etiópia e até ao momento, garante, não foi recebido nenhum pedido de ajuda por parte de cidadãos nacionais.
Os cidadãos nacionais residentes naquele país devem manter contacto com a Embaixada (embportaddis@gmail.com). O Gabinete de Emergência Consular (gec@mne.pt ou +351 217 929 714 | +351 961 706 472) acompanha igualmente a situação.