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O Governo português compreende as razões que levaram os Estados Unidos, França e Reino Unido “três países amigos e aliados de Portugal”, a atacar a Síria e junta a sua voz á condenação do uso de armas químicas por parte do regime de Bashar al-Assad.
Num comunicado enviado este sábado de manhã para as redações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros diz que “compreende as razões e a oportunidade desta intervenção militar. O regime sírio deve assumir plenamente as suas responsabilidades. É inaceitável o recurso a meios e formas de guerra que a humanidade não pode tolerar.”
Contudo, o Ministério pede que se evite uma escalada do conflito na Síria, que já dura há mais de sete anos, para que não seja gerada ainda mais “insegurança, instabilidade e sofrimento na região”.
“Como o Secretário-geral das Nações Unidas e a União Europeia têm repetidamente insistido, todas as partes devem mostrar abertura para investigações independentes que possam apurar e punir responsabilidades por crimes de guerra; e devem mostrar contenção no uso da força e empenhamento na procura de uma solução política, negociada e pacífica, para o conflito na Síria, que representa hoje uma muito séria ameaça à paz e segurança no mundo.”
O ataque levado a cabo por Estados Unidos, França e Reino Unido na madrugada deste sábado foi, nas palavras do Ministério “uma operação militar circunscrita, cujo objetivo foi infligir danos à estrutura de produção e distribuição de armas que são estritamente proibidas pelo direito internacional”.
Os aliados da Síria, nomeadamente a Rússia e o Irão, já condenaram o ataque, com Moscovo a falar de “consequências” do mesmo para as partes envolvidas.
Contudo, Washington, Londres e Paris dizem que, caso os objetivos tenham sido alcançados, este terá sido um ataque isolado.