Questionado no programa Hora da Verdade, da Renascença e do jornal 'Público', sobre o futuro da susa liderança à frente do PCP, Jerónimo de Sousa diz que a questão não se coloca "nesta altura", mas que "é preciso lidar com o imprevisível", não sendo taxativo sobre se o mandato pode ir até ao próximo congresso do partido previsto para 2025.
A sua continuidade à frente do PCP não depende destas eleições?
Não, desde que a saúde não me falte!
O compromisso é levar o mandato até ao fim?
Com toda a franqueza, a questão não está colocada. O partido, quando assim o decidir, procurará as melhores soluções de direcção capazes de reforçar o partido, a sua intervenção e a sua luta.
Está a admitir que até ao próximo congresso a liderança pode mudar porque isso é uma coisa que pode ser decidida em comité central?
É um elemento que tem que estar sempre presente porque o secretário-geral emana do seu comité central e é por isso mesmo que existe esta garantia e esta tranquilidade. Ninguém é eterno. Um dia será [substituído]. Neste momento, a questão não está colocada, com este sossego de que há um conjunto de dirigentes do PCP que estão em condições de assumir mais responsabilidades.
Até 2025, próximo congresso do PCP, está garantido na liderança?
Eu não fazia esse calendário. Em primeiro lugar, temos que lidar com o imprevisível. Mas agora não é a altura, a questão não está colocada.
Por que razão João Ferreira não está num lugar elegível nas listas do PCP?
Ser da direcção do partido não é sinónimo de ser deputado. Podia dar-lhe o nome de outros cinco, seis, sete dirigentes.
Mas sendo uma pessoa que é falada como seu possível sucessor, não faria sentido?
A questão não está posta e estou a falar-lhe com grande franqueza.