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A Agência Europeia do Medicamento (AEM) diz que pode haver uma vacina para o novo coronavírus no espaço de um ano. É um cenário "optimista", de acordo com este organismo europeu, que reage a outras hipóteses sobre uma vacina em setembro.
Marco Cavaleri, o responsável pelas vacinas da AEM, disse aos jornalistas, esta quinta-feira, estar a trabalhar com 33 organizações no desenvolvimento de uma vacina para a Covid-19 e mostrou-se céptico quanto à hipótese de haver novidades já em setembro.
"Uma vez que o desenvolvimento tem de começar, se formos otimistas, podemos olhar para daqui a um ano. Portanto, o início de 2021", afirmou Cavaleri.
Também descartou a possibilidade de passar por cima da chamada terceira fase de testes de uma vacina. Este responsável salientou ser fundamental para garantir a sua eficácia e segurança.
A Agência Europeia do Medicamento está, por outro lado, a analisar 115 terapêuticas diferentes para tratamento da Covid-19.
Cavaleri reconheceu que talvez ainda antes do verão possa haver um medicamento aprovado para tratar a doença.
Os testes clínicos em curso incluem, entre outros, tratamentos com o Remdesivir (um antiviral que a agência norte-americana congénere aprovou para tratamento de doentes em estado grave), a cloroquina e a hidroxicloroquina, medicamentos para o tratamento da malária.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France-Presse (AFP), a pandemia já provocou mais de 295 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (1,86 milhões contra 1,8 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (111 mil contra 160 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.