O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) admite que “na maior parte das escolas” pode não ser possível cumprir o calendário previsto para as provas de aferição.
Em causa estão sobretudo as provas de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), do 8.º ano. As escolas receberam na sexta-feira indicação sobre a necessidade de ser instalada uma aplicação nos computadores.
O presidente da associação, Filinto Lima, lembra que as escolas puderam aprovar definir um dia para esta prova entre 16 e 26 de maio. Nos estabelecimentos de ensino que marcaram para os primeiros dias, Filinto Lima antecipa “muitas dificuldades na maior parte das escolas a possibilidade desse prazo, dia 16 e mesmo dia 17 de maio, ser cumprido”.
Nestas declarações à Renascença, Filinto Lima lembra que esta tarefa vai recair sobretudo nos professores de TIC "que são muito poucos".
Filinto Lima considera que esta situação “é mais uma acha para a fogueira, num ano que tem sido de muito trabalho, um ano de greve, um ano de muita luta de professores”.
O presidente da associação critica também a tutela por, aparentemente, “pouco ter aprendido” com a experiência piloto das provas de aferição digitais que decorreu o ano passado e lembra também a necessidade de existir técnicos de informática nas escolas.
Os alunos do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade têm de fazer provas de aferição entre maio e junho em diversas disciplinas. Este ano, estas provas serão feitar em formato digital.