“Portugal não é só Lisboa”. CDS culpa Governo pela exclusão da lista de países seguros
06-07-2020 - 15:00

Francisco Rodrigues dos Santos acusa António Costa de fazer uma “narrativa centralista”, o que levou a que a situação em Lisboa e Vale do Tejo afetasse a imagem de todo o país. "O país não é Lisboa e o resto é paisagem. Está o justo a pagar pelo pecador", acusa o líder centrista.

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O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, responsabilizou este segunda-feira o Governo pela decisão do Reino Unido de excluir Portugal da lista de países considerados seguros em relação à pandemia de covid-19.

Em Braga, o líder centrista disse que o executivo de António Costa “falhou na comunicação” sobre a situação epidemiológica em Portugal, ao permitir uma “narrativa centralista” que fez com que a situação em Lisboa e Vale do Tejo afetasse a imagem de todo o país.

“Creio que o Governo falhou na comunicação sobre a situação epidemiológica em Portugal, porque o país não é Lisboa e o resto é paisagem. Há mais Portugal para além da capital”, referiu.

Sublinhando que a situação está “estabilizada na generalidade do território”, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que, por força da má comunicação, “está o justo a pagar pelo pecador”.

“É o caso de Lisboa e Vale do Tejo, que está a influenciar a perceção internacional do nosso país”, referiu.

Para o presidente do CDS, era importante que Portugal, ao nível diplomático, conseguisse “serenar” os seus parceiros estratégicos, designadamente ao nível do turismo.

Propôs mesmo uma campanha que demonstre que “Portugal não é só Lisboa” e que há outras zonas, de baixa densidade populacional, que são seguras para o turista.

“Não vamos tomar o todo por algumas partes onde o processo não está a correr bem”, apelou, sublinhando que são os que cumprem que acabam por pagar a fatura do incumprimento dos outros.

Portugal foi excluído da lista de 59 países e territórios considerados seguros pelo Governo britânico, o que significa que os passageiros provenientes de Portugal terão de cumprir os 14 dias de quarentena impostos pelo executivo de Boris Johnson devido à pandemia de covid-19.