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Os serviços mínimos para a greve dos motoristas foram "genericamente cumpridos" esta terça-feira e a requisição civil parcial está a ser "cumprida com rigor", afirma o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, em conferência de imprensa.
Um total de 14 motoristas não cumpriram a requisição civil, adiantou o governante. Onze trabalhadores já foram notificados e três continuam por localizar. Podem ser indiciado pelo crime de desobediência civil.
O ministro do Ambiente e Transição Energética adianta que os números às 18h00 desta terça-feira "são melhores", em comparação com a mesma altura do dia anterior.
Na segunda-feira, na Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA) havia 38% dos depósitos dos postos de abastecimento com gasolina e esta terça-feira esse valor subiu para 51%. Em relação ao gasóleo, "ontem tínhamos 46% e hoje temos 49%".
"Estes são valores aceitáveis, tendo em conta a dificuldade de abastecimento" provocada pela greve dos motoristas de matérias perigosas, afirmou o ministro.
Matos Fernandes refere que "no Algarve ocorreu uma melhoria, que ainda não é suficiente. Ontem, a esta hora, os tanques de gasolina dos postos de abastecimento estavam a 22%, hoje passaram para 27%. No gasóleo, passou de 23% para 29%".
No aeroporto de Lisboa, "um dos casos em que os serviços mínimos não foram manifestamente cumpridos" na segunda-feira - de 119 cargas previstas foram realizadas 44 - o Governo está a fazer uma avaliação. "Neste momento, o aeroporto de Lisboa tem a sua capacidade a 54,5%, ou seja, no final do dia podemos ter a necessidade de fazer um terceiro turno para fornecer combustível", disse Matos Fernandes.
O aeroporto de Faro tem agora a sua capacidade de combustível a 94%, "não levanta neste momento qualquer problema". O aeroporto do Porto não é abastecido por camiões-cisterna, porque tem um sistema de óleoduto.
"Como os serviços mínimos foram genericamente cumpridos, apesar da mobilização das Forças Armadas ter envolvido um número próximo dos 200 elementos, esta terça-feira, só dez equipas é que tiveram de atuar. Quatro das Forças Armadas e seis da GNR. Vamos ter mais oito equipas a funcionar durante a noite para fazer a ligação entre Sines e o Algarve", afirmou o ministro do Ambiente e Transição Energética.
Sobre a denuncia da Antram, o ministro subscreve o desmentido do Governo de que, até ao momento, não foi detetada qualquer falha no abastecimento aos hospitais. "Houve certamente uma má interpretação de quem colocou esta questão em cima da mesa", frisou.
Relativamente ao caso de militares que trabalharam 27 horas seguidas, o ministro fala numa situação de exeção que será acertada nos próximos dias.
"Amanhã [quarta-feira], não estarão todos mobilizados à primeira hora da manhã. Teremos uns serviços mínimos das Forças Armadas e das forças de segurança a serem mobilizados logo pela manhã e ao longo do dia estarão posicionados e serão convocados caso sejam necessários."
"O esforço que lhes foi pedido foi muito grande, vai continuar a ser grande, mas o número de horas é que vai ser menor nos próximos dias", garantiu Matos Fernandes.