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Portugal deixou um quarto das pequenas e médias empresas (PME) sem qualquer ajuda na pandemia. A notícia é avançada pelo jornal Público que cita o mais recente relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
O estudo analisa o impacto da crise e a resposta dos governos para a recuperação nas PME's. No caso português, o auxílio do Governo foi o mais pequeno da zona euro, com os apoios a chegar a apenas 21% das pequenas e médias empresas.
Portugal ficou mesmo no fim do pelotão na ajuda direta às PME Portuguesas, tendo feito, ainda assim, um esforço de 3,6% do PIB.
De entre os restantes membros europeus da OCDE, só a Hungria (2,8% do PIB) e a Finlândia (3,2%) gastaram menos. Assinale-se, no entanto, que a Finlândia (que integra a zona do euro) terá ajudado mais PME do que Portugal, embora fazendo um esforço financeiro menor.
De acordo com o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, 25,5% de PME em Portugal registaram quebras de vendas na ordem dos 40% ou mais e não tiveram qualquer ajuda.
O confinamento geral no início da pandemia e as muitas restrições na ponta final do ano, provocaram quedas no PIB português na ordem dos 7,6% em 2020, mais do que o PIB dos países do euro (-6,8%) e mais do que em toda a OCDE (-4,7%).
As estimativas apontam para uma recuperação portuguesa também mais lenta, prevendo que o PIB português possa crescer 3,7% este ano, enquanto a média da zona euro deve situar-se nos 4,3%.