O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente , considera a caminhada pela vida, agendada para sábado, "uma ocasião muito importante para que muitas pessoas se manifestem e apresentem publicamente no sentido da vida, como defesa e como promoção dela mesma, da concepção à morte natural”.
Em entrevista à Renascença, D. Manuel Clemente disse tratar-se de “uma frente que nós não devemos desamparar, antes pelo contrário, porque é a primeira condição de todos nós e sobretudo daqueles que por uma razão ou outra a vêm mais em perigo”.
O também patriarca de Lisboa acrescentou que “requer muita presença, muita convicção, muita companhia concreta, junto das mais diversas situações, quer do ponto de vista jurídico, quer do ponto de vista humano e humanitário”.
Clemente enalteceu as organizações envolvidas e a generalidade das pessoas que participa nestas caminhadas pois ela “está motivada no dia-a-dia para que a vida seja realmente um valor assumido e proposto”. Cita ainda o Papa Francisco que “se quis associar mandando uma mensagem que vai precisamente neste sentido de apoiar, não apenas esta caminhada mas a caminhada que depois se faz, no dia-a-dia, de responsabilização de todos por todos no sentido da vida”.
Apesar de ser uma luta “sempre necessária”, diz D. Manuel, como “nem sempre a própria legislação apoia realmente a vida nas suas fases, estamos aqui também para que a própria legislação vá no sentido da vida, sem esquecer nenhuma das suas componentes”.
A Caminhada Pela Vida tem este ano como lema “Caminhamos sempre pela vida” e este ano, para além da promoção da luta contra o aborto, os participantes chamam atenção para o respeito pela vida dos doentes e idosos, alertando para a ameaça da legalização da eutanásia, que está em discussão na Assembleia da República.
Na última caminhada pela vida, em 2014, o Papa Francisco também já tinha enviado uma mensagem.
A caminhada tem início às 15h00 no Largo do Chiado, em Lisboa, e termina na Assembleia da República.