Fátima. Cardeal italiano contra "visão triste e sombria do mundo e da vida"
13-06-2017 - 00:45
 • Paula Costa Dias

D. Angelo Bagnasco disse ainda, na peregrinação internacional a Fátima, que os católicos devem rejeitar o perigo de “desfigurar a fé”.

O presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) pediu esta segunda-feira à noite aos peregrinos de Fátima que mantenham a esperança.

Na homilia da missa da vigília da peregrinação internacional a Fátima, o cardeal Angelo Bagnasco reconheceu que “uma certa maneira de contar as notícias, hoje em dia, quer fazer-nos crer que tudo é sombrio e que já não há esperança”. Contudo, salientou, “a realidade não é assim. Se olharmos as coisas mais de perto descobrimos Deus em acção.”

Para o também arcebispo metropolitano de Génova, a mensagem de Fátima ilumina a fé, a vida da Igreja e a história do mundo e mesmo as duas palavras que a caracterizam “oração e penitência” são uma perspectiva de esperança.

“Nos apelos de Nossa Senhora temos uma visão elevada da vida, do homem, da história. A oração e a penitência que nos recomenda Nossa Senhora”, salientou D. Angelo Bagnasco.

“Não são uma visão triste e sombria do mundo e da vida mas, pelo contrário, exprimem a seriedade do amor de Deus por nós”, sublinhou.

Todavia “a superficialidade e o desejo de possuir e de ter prazer, o desejo de fazer o que queremos sem nos referirmos a Deus, impedem-nos de ver a beleza e a seriedade do amor divino”.

Mas Nossa Senhora, frisou o arcebispo de Génova, “volta e voltará para preservar a fé e nos reconduzir à luz de Jesus”.

O presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) disse ainda que os católicos devem rejeitar o perigo de “desfigurar a fé”.

“Desfigurar a fé significa desfigurar o rosto de Jesus, significa tirar do Evangelho a espinha dorsal da graça, da vida sobrenatural; é reduzi-lo a um manual de sabedoria humana. As aparições de Nossa Senhora convocam-nos ao coração da fé, sem o qual a vida seria assimilada pela lógica do mundo”, disse, na homilia da missa da vigília da peregrinação internacional do 13 de Junho.