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Os restaurantes podem ter esplanadas com música e sardinhas durante os Santos Populares, desde que todas as regras sejam cumpridas as regras em tempo de pandemia de Covid-19, afirma a diretora-geral da Saúde. “Será um arraial diferente do arraial do ano passado”, sublinha Graça Freitas.
Questionada pela Renascença sobre as restrições para as festas populares dos próximos dias e semanas, a diretor-geral da Saúde esclarece que pode haver mini-arraiais em restaurantes, mas sem ajuntamentos.
“Nada impede que haja uma esplanada, que essa esplanada tenha música, que essa música seja acompanhada de um grelhador e umas belas sardinhas, desde que se cumpram as regras de distanciamento”, afirma Graça Freitas.
“É uma nova normalidade. As coisas podem fazer-se, mas com regras. Cabe a cada um de nós cumprir essas regras e nós observamos no nosso dia-a-dia que há realidades diferentes. Há esplanadas ótimas que estão com muitas pessoas, em que tudo está ordenado, tudo está cumprido e o risco é mínimo e, depois, há outras situações em que as pessoas se juntam demasiado”, sublinha a responsável.
A diretora-geral da Saúde apela à precaução e à reserva dos portugueses em altura de Santos Populares e de férias, porque “nas esplanadas, nos ajuntamentos de pessoas, ou em situações de convívio, muitas vezes estamos a conviver com perfeitos desconhecidos”.
“Um restaurante pode ter uma esplanada, uma esplanada pode ter um grelhador com sardinhas. Isso não impede que as pessoas observem regras para esse arraial, que será um arraial diferente do arraial do ano passado”, conclui Graça Freitas.
Na quarta-feira, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, avisou que as autoridades vão garantir que não se fazem arraiais e festas populares, mesmo que sejam promovidas informalmente por estabelecimentos com licença para funcionar.
“Em articulação com os municípios e com as forças de segurança, procuraremos garantir que aquilo que está proibido não se realiza apenas por que se considera ser informal”, afirmou Mariana Vieira da Silva na conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia da covid-19.
“A ideia de que nos podemos relacionar normalmente sem garantir o distanciamento físico, estando em festas em que nem sequer conhecemos todas as pessoas que lá estão é uma ideia errada que importa combater”, salientou a ministra.
O que justifica essa proibição são “as regras de distanciamento social”, que impedem a realização de festas, mesmo privadas, que “têm sido pontos problemáticos nas últimas semanas”, disse Mariana Vieira da Silva.
No início de abril, a Câmara de Lisboa anunciou o cancelamento das marchas populares e dos arraiais típicos que juntam milhares de pessoas durante os santos populares, que arrancam esta semana. O feriado de Santo António é no sábado.
Na noite de São João, no Porto, que se celebra de 23 para 24 de junho, e cujas festas foram canceladas, não haverá transportes públicos e as ruas terão fiscalização e policiamento reforçados, anunciou esta semana a Câmara Municipal.
Portugal conta, nesta quinta-feira, com mais sete mortos e 310 doentes com Covid-19 (mais 0,9%).
Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde, 91% dos novos casos foram identificados na região de Lisboa e Vale do Tejo.
EVOLUÇÃO DA COVID-19 EM PORTUGAL