Pinto da Costa, presidente do FC Porto, garante que "talvez se recandidatasse" à liderança do clube caso tivesse de decidir hoje. Em declarações ao canal "Super Sport", da África do Sul, o dirigente não abre totalmente o jogo sobre as suas intenções para as eleições de 2024.
"Não faço ideia se me recandidato. Hoje, se tivesse que decidir, talvez me candidatasse. Mas ainda falta mais de um ano. Num ano acontece tanta coisa, temos de pensar em muitos fatores, no interesse do clube. Não fugirei à responsabilidade se entender que sou necessário, mas um ano, no futebol, é muito tempo", disse.
O que o presidente do FC Porto garante é que, caso não se recandidate, não se vai intrometer nas eleições: "Se não me candidatar, não vou interferir numa possível luta eleitoral. Apoiar este ou aquele, votar neste contra aquele. Naturalmente, exercerei o meu direito de voto, mas quando votar ninguém saberá em quem. Estar a tomar a parte de alguém seria ajudar a dividir o clube".
Pinto da Costa explica que o FC Porto "não é uma monarquia" e que "os sócios é que têm de escolher. Não falta gente, de certeza, com capacidade. Apoiarei o que for eleito, mas até lá, não terei qualquer ação na campanha eleitoral."
Há cerca de um mês, Pinto da Costa afirmou que a recandidatura "não era prioridade" e que o foco estava arrancar as obras do novo centro de estágios do clube, prioridade que sublinha nesta entrevista.
"O que me falta e vamos fazer é o centro de estágio. O Olival é um centro de treinos. A Câmara de Gaia, na altura com o presidente Luís Filipe Menezes, tomou o compromisso de fazer um hotel para os estágios, mas nunca foi possível concretizar. Hoje temos em mãos um projeto que está já em aprovação. Foi feito o plano geral pelo arquiteto Manuel Salgado, que foi quem fez o nosso estádio e o pavilhão. Se não estiver totalmente pronto quando sair, espero que, pelo menos, esteja em andamento", termina.
Pinto da Costa, de 85 anos de idade, cumpre o seu 15.º mandato como presidente do FC Porto, eleito pela primeira vez em 1982.