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A Ordem dos Médicos está preocupada com a resposta dada a grávidas e bebés no Hospital Garcia de Orta, em Almada e pede explicações sobre a demissão do diretor de serviço de Ginecologia e Obstetrícia.
Em comunicado enviado à Renascença, o bastonário lembra que mesmo em “circunstâncias difíceis e sem apoio do poder político ou da própria administração do hospital”, o corpo clínico sempre se esforçou por assegurar uma resposta de qualidade aos utentes deste serviço de referência na Margem Sul.
Miguel Guimarães diz que foi com consternação que recebeu a notícia e pede ao conselho de administração que fundamente a decisão de afastar o diretor de serviço Alcides Pereira e que apresente o plano que tem para um “serviço muito fragilizado e com grande carência de profissionais”.
Na sequência da demissão do diretor, na semana passada, os médicos que trabalham no serviço de Ginecologia e Obstetrícia do hospital ameaçaram demitir-se em bloco. Alegam que Alcides Pereira foi afastado por criticar a forma como a administração está a gerir a resposta à Covid-19.
Miguel Guimarães pede ainda esclarecimentos adicionais sobre o trabalho extraordinário a que os médicos deste serviço têm estado a ser sujeitos e que violarão os limites definidos por lei.
Num comunicado emitido na passada sexta-feira, o conselho de administração do afirma que “num ato de gestão interna, e na sequência de uma atuação institucionalmente incorreta da exclusiva iniciativa do diretor do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia para com o Conselho de Administração, que o próprio tornou pública, teve que agir em conformidade, decidindo a cessação da sua comissão de serviço”.