O presidente do Chile, Gabriel Boric, pediu este sábado unidade no país a duas semanas da votação da proposta de uma nova Constituição.
"É da unidade do Chile que sai o melhor dos chilenos e chilenas e o melhor da nossa pátria", afirmou, durante as comemorações dos 244 anos do nascimento do estadista chileno Bernardo O'Higgins.
Mais de 15 milhões de chilenos são chamados às urnas a 4 de setembro para decidir se aprovam uma nova Constituição ou mantêm a atual, herdada da ditadura de Augusto Pinochet e reformada parcialmente em democracia.
Sondagens publicadas na quinta-feira revelaram, com uma diferença de mais de 10 pontos percentuais, a tendência de recusa do novo texto.
Os partidos de direita e centro-esquerda rejeitam a proposta de nova Constituição, que consideram radical, e a esquerda defende a aprovação do texto, apesar de se ter comprometido a alcançar um pacto para reformular os aspetos menos consensuais, numas negociações lideradas pelo chefe de Estado.
A proposta de nova Constituição declara o Chile como um Estado social de direito e consagra direitos como saúde pública e universal, educação gratuita, melhores reformas e acesso à habitação e a água.
O caráter plurinacional do Estado, a reeleição presidencial, o sistema de justiça e a eliminação do Senado são alguns dos temas do texto que geram mais controvérsia.