O secretário de Estado da Economia, João Neves, e a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, estão de saída do Governo.
Os dois elementos da equipa de António Costa Silva entraram em divergência com o ministro, que pediu ao primeiro-mnistro, António Costa, que os afastasse.
A informação foi confirmada à Renascença por fontes do Partido Socialista, que sublinharam que a iniciativa das demissões partiu do ministro da Economia. Isto já depois de o Jornal de Negócios ter anunciado a saída de João Neves.
Na origem das demissões está a divergência publicamente manifestada pelos dois agora ex-secretários de Estado relativamente a uma descida transversal do IRC, defendida em Setembro por António Costa Silva.
Na altura, João Neves afirmou que “dizer que vamos agir em IRC para resolver um problema de curtíssimo prazo é um erro”. Antes, António Costa e Silva defendera que “hoje, face à crise que temos, seria extremamente benéfico termos essa redução transversal [de IRC]”.
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, sobre o tema disse que “estas matérias são discutidas de forma colectiva, em sede própria, no Conselho de Ministros".
"O senhor primeiro-ministro há-de ter a última palavra, aliás, tem a primeira, a última, sempre. E, portanto, cá estaremos para trabalhar em função das orientações que recebermos do senhor primeiro-ministro", acrescentou.
João Neves tinha sido secretário de Estado Adjunto e da Economia no último Governo e secretário de Estado da Economia no anterior, entre 2018 e 2019.
Antes disso tinha sido administrador da empresa Bial, chefe de gabinete do ministro da Economia e da Inovação, entre 2005 e 2007, e diretor-geral da empresa do Ministério da Economia, em 2004 e 2005.
Este sábado, foi noticiado que Rita Marques foi acusada de "usurpação de poderes" num conflito entre a empresa Pauta de Flores e o clube de futebol Salgueiros, devido ao fim do consórcio que explorava a concessão do Bingo da Trindade, no Porto.