Sepp Blatter, Jérôme Valcke e Marcus Kattner premiaram-se a si mesmos com aumentos de salário e prémios do Mundial, num total de 70 milhões de euros ao longo dos seus últimos cinco anos na direcção da FIFA, afirmaram advogados do organismo que tutela o futebol mundial.
Os advogados disseram, conforme revelado pela FIFA, que os pagamentos contratuais parecem quebrar a lei suíça. As provas serão fornecidas aos promotores de justiça federais que estão a investigar o caso de corrupção que implica a organização.
"As provas parecem revelar um esforço coordenado de três antigos dirigentes de topo da FIFA para se enriquecerem a si mesmos através de aumentos de salário anuais, prémios do Mundial e outros incentivos que totalizam mais de 79 milhões de francos suíços, só nos últimos cinco anos", informou Bill Burk, da empresa de advogados americana Quinn Emanuel, contratada pela FIFA.
A FIFA desvelou detalhes dos contratos do seu ex-presidente Sepp Blatter, do ex-secretário-geral Jérôme Valcke, e do ex-director financeiro Marcus Kattner, um dia depois de a polícia ter efectuado buscas na organização, à procura de provas para a investigação. As buscas incluíram o escritório de Kattner, que foi despedido na semana passada.
O advogado suíço Michael Lauber abriu processo criminal contra Blatter em Setembro último, e contra Valcke em Março. Ambos são suspeitos de gerir de forma criminal o dinheiro da FIFA. Blatter e Valcke negam quaisquer crimes, mas foram banidos do futebol por seis e 12 anos, respectivamente.